sábado, 22 de junho de 2013

Sequência Didática para 9º ano: Texto "Pausa" - Moacyr Scliar


             Objetivo:
             A partir da leitura e reflexão sobre o texto produzir um artigo de opinião.

1ª Etapa
·         Observe as imagens e converse com seu grupo sobre as impressões que elas provocam. Registre essas impressões para apresentar aos outros grupos.

 

2ª Etapa
·         Vocês lembram o que é um conto?
·         Os contos costumam falar sobre o quê?
·         Como podemos saber que um texto pode ser considerado um conto?
·          Vamos ler o texto escrito por Moacyr Scliar.
·          Vocês já ouviram falar desse autor?

3ª Etapa
 ·        O texto que vamos ler chama-se Pausa.
·         O que esse título sugere para vocês?
·         Vamos procurar o significado da palavra pausa no dicionário, para facilitar a compreensão da leitura.
·         Vamos fazer a leitura do texto. (Primeira individual e silenciosa, e depois compartilhada).

4ª Etapa
 ·        Juntamente com seu grupo converse sobre as questões abaixo, para depois apresentarem as respostas para a classe.
·         Qual era o objetivo da personagem Samuel.
·         Esse objetivo foi atingido?

 Etapa
·         E sua opinião, é possível da uma pausa e na rotina agitada da vida moderna? Escreva um artigo de opinião para postarmos no Blog da escola.

6ª Etapa
·         No texto parece que tudo acontece de maneira rápida. Quais palavras nos sugerem essa impressão?
·         Como as personagens são descritas no texto?

7ª Etapa
·         Leia seu texto, paro o seu grupo e façam as adequações necessárias, para podermos pulicar os textos no Blog da escola.

Situação de Aprendizagem: O Avestruz - Mário Prata



PROJETO

 }Projeto voltado para o 7 ano do Ensino Fundamental II
 }duração de 9 aulas

CONVERSANDO COM O TEXTO

}Você conhece um avestruz?
}Você já viu um avestruz?
}Quais são as características de um avestruz?

EXPLORANDO O TEXTO

Você fez a leitura do texto O AVESTRUZ de Mario Prata. A partir dessa leitura, com auxilio do dicionário, procure as palavras que dificultaram o entendimento do texto. 

ENTENDENDO O TEXTO

}A que gênero pertence o texto o texto O AVESTRUZ?
}Quais  características você observou para identificar o gênero?
}Qual o foco narrativo apresentado no texto?
}O que levou o menino a querer um avestruz?
}Como você pode descrever a ave sob o olhar do narrador?
}O narrador utiliza vários argumentos a fim de convencer  o garoto a desistir do avestruz. Cite dois deles.
}Você acredita que o avestruz pode ser  um animal de convivência doméstica?
}Por que o menino acabou mudando de ideia?
}Como você entende a expressão  “Gigolô de avestruz” dita pelo narrador?

REFLETINDO  

O menino, após uma viagem à Florianópolis, ficou encantado com o avestruz porque experimentou um tipo de vida desconhecido por ele até então.
 Discuta com seus amigos e juntos tracem o perfil do menino. Conversem sobre as características físicas do garoto  e tentem imaginá-lo em suas mentes.
Após a discussão, confeccionem um cartaz elencando e ilustrando a personagem.

COMPARANDO TEXTOS

}Leia com atenção a tirinha, observando e relacionando as figuras ao texto:




}Identifique todas as personagens da tirinha:
}Escreva tudo que você sabe sobre o tamanduá:
}Sabendo da importância de se nomear tudo o que nos rodeia, explique a afirmação de Jacques Lacan, psicanalista francês que, após muita reflexão ,concluiu: “O que não é nomeado não existe.”
}Diga o que você entende sobre a relação que existe sobre a conclusão de Lacan e a situação mostrada na tirinha:

A mulher e sua galinha


}Provavelmente você já ouviu ou leu alguma fábula na escola, na biblioteca ou em casa. Escreva o nome de algumas que você se recorda:
}Agora, em círculo investigativo, fale o nome de fábulas que você conhece e ouça também os seus colegas. Depois escolha uma das fábulas e conte-a ao professor e à classe. Discutam sobre o que faz um texto ser uma fábula.
}Compare as características da crônica e da fábula.

CONHECENDO O MUNDO  

}Pesquise em livros ou na Internet textos com presença de animais. Se encontrar em livros, não esqueça de colocar o nome do livro e do autor. Se conseguir pela Internet, coloque também o nome do autor e o site de onde encontrou.
}Apresente sua pesquisa ao professor e a sala juntamente com uma ilustração que capte a essência da história encontrada.

RECONHECENDO OS GÊNEROS

O gato

Com um lindo salto Leve e seguro O gato passa Do chão ao muro Logo mudando De opinião Passa de novo Do muro ao chão E pisa e passa Cuidadoso, de mansinho Pega e corre, silencioso Atrás de um pobre passarinho E logo para Como assombrado Depois dispara Pula de lado Se num novelo Fica enroscado Ouriça o pelo, mal-humorado Um preguiçoso é o que ele é E gosta muito de cafuné. Com um lindo salto Leve e seguro O gato passa Do chão ao muro Logo mudando De opinião Passa de novo Do muro ao chão E pisa e passa Cuidadoso, de mansinho Pega e corre, silencioso Atrás de um pobre passarinho E logo para Como assombrado Depois dispara Pula de lado E quando à noite vem a fadiga Toma seu banho Passando a língua pela barriga
                                                                Vinicius de Moraes 

}Você conhecia essa música?
}  Ela conta uma história? Explique sua resposta:
}  Observe a letra da música e conclua qual o adjetivo que define melhor as qualidades do gato.
}  Separe do texto algumas qualidades atribuídas ao gato.
}  Discuta com os seus colegas se o gato é um bom animal doméstico e se os gatos possuem as mesmas características do gato apresentado na música.
Agora, cante com seus colegas!

Eu amo escrever...
Produção textual

}Agora você já está preparado para criar sua própria história .Relembre os gêneros textuais que você viu nessa Situação de Aprendizagem e escolha o que mais te inspira. Você pode escolher entre a crônica, a fábula e a tirinha mas não esqueça de observar as características de cada gênero e aplicá-las no seu texto.
}Selecione o animal, as características e elementos que estarão presentes no seu texto.
Para completar, faça uma ilustração coerente ao contexto criado por você.

PRODUÇÃO TEXTUAL

REESCRITA

APRENDENDO MAIS
  
}Este espaço é dedicado para você escrever sobre tudo que você aprendeu nessa Situação de Aprendizagem.
}Em um breve relato, escreva os itens que você aprendeu e as atividades que você mais gostou.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Colaboradoras:

                        
 
       Sou Debora Cristina Buoro e professora na Rede Estadual desde 2000. A leitura faz parte da  minha vida desde a infância e os livros me acompanham ainda hoje como grandes companheiros para todas as horas. Espero colaborar com o blog relatando minhas experiências de sala de aula,assim, ampliar esse mundo lindo da leitura.


       Meu nome é Cristina Vitória, sou professora de Língua Portuguesa na rede estadual desde 2004. Amo literatura e outras leituras não literárias que além de simples passatempo, acrescentem conhecimento, emoção e diversão.

domingo, 2 de junho de 2013

Leitura: uma experiência individual


Não saberia precisar bem o momento em que me tornei leitora. Acho que foi um processo lento, silencioso, despretensioso, porém preciso e libertador. Lembro-me, porém, com clareza de quando esse processo se iniciou; foi no final dos anos setenta, durante as férias de janeiro, em que fui passar uns dias na cada de uma tia. Nesse tempo os pacotes de viagem não eram tão comuns, como hoje, e os recessos escolares quase sempre eram pretexto para a troca de crianças nas famílias, pois as tias recebiam os sobrinhos e os filhos visitavam outras tias. Eu era uma criança acanhada e miúda, e que, para piorar, não gostava de brincadeiras agitadas, como pega-pega, esconde-esconde, jogar bola e pular corda; gostava mesmo era de ficar sentada sonhando acordada. Não preciso nem dizer que meus primos logo se cansaram da minha companhia e providenciaram férias mais divertidas, na casa de outros primos, deixando-me sozinha na companhia de uma caixa de gibis velhos. A quantidade de revistinhas era grande, mas muito maior foi a quantidade de amigos que elas me trouxeram: toda a turma da Mônica, do Tio Patinhas, do Pato Donald e do Zé Carioca. A partir daí, o encontro com outros gêneros foi acontecendo gradualmente e hoje, depois de ter visto o mundo pelos olhos de Monteiro Lobato, Agatha Christie, Guimarães Rosa e Tolkien, acredito que ler é, de fato, poder enxergar o mundo através de novos olhares, que revelam realidades diferentes, algumas possíveis e outras nem tanto, porém tudo cabível de significação humana, senão pela lógica e verossimilhança, certamente pela emoção e liberdade imaginativa de poder vivenciar experiências mil. A leitura, portanto, me possibilita partir do encantamento rústico do sertão de Guimarães Rosa e pousar misteriosamente na elegante Londres de Agatha Christie sem sair do lugar.
                                           Denise Xavier                                             

Leitura Apaixonante

Falar em experiências de leitura e escrita é falar de vida, pois a leitura e escrita fazem parte da minha desde muito pequena e falar dessa experiência deixa claro como o incentivo e o exemplo vivo são os maiores formadores de leitores. Quando pequena, a minha alfabetização aconteceu de forma natural, mas ao final da 1ª série primária, como assim era chamada, houve uma festa; um marco para engrandecer o fato dos alunos da minha classe terem passado por essa fase da aprendizagem. Todos os alunos reunidos com seus familiares, chamados um a um no pátio, em solenidade, para receber um diploma simbólico e muito carinhoso intitulado "EU JÁ SEI LER”, o qual tenho até hoje. Dia inesquecível que foi seguido por incentivo de grandes professoras nas séries seguintes. Porém, foi na 5ª série que um professor chamado Miguel fez a diferença e me colocou no mundo das letras ao dizer que o livro é o melhor companheiro que podemos ter na vida. Incentivava os alunos fazendo leituras de obras interessantes e adaptadas para a nossa idade. Lembro-me que a primeira leitura foi da obra Éramos Seis, da Série "Para gostar de ler" que fazia adaptações de grandes obras para a linguagem juvenil. Juntamente com a leitura, fizemos uma peça teatral que nos fez "absorver" a história da obra e a partir daí, uma leitura nunca mais foi apenas uma leitura.
                       
                                                                            Debora Cristina Buoro


Leitura: prática significativa.

Não sei precisar minha primeira experiência de leitura, pois, desde bebê em casa sempre tivemos muito contato com livros e textos diversos. Minha mãe, antes de casar-se, foi professora; e ela nos embalava e distraía contando-nos histórias mágicas que saíam às vezes de seu conhecimento memorial, outras, de livros. Lembro-me do "Almanaque do Pensamento" que meu pai algumas vezes trazia para dividir conosco uma curiosidade, ou alguma descoberta científica. As leituras aconteciam sempre à noite, após o jantar, pois não tínhamos TV, e nós - 04 irmãos  (3 meninas e 1 menino) nos emocionávamos, ora com medo, ora com humor e às vezes com lágrimas, terminávamos nosso dia e íamos dormir e sonhar com personagens e cenários das histórias, ou dos "causos" narrados.
Assim foi minha infância, e quando ingressei na primeira série já sabia ler e escrever meu nome, de meus pais e irmãs e algumas palavras que ia escrevendo e soletrando. Na quarta série (hoje quinto ano), a professora nos preparava para o "exame de admissão", algo parecido com ENEM, mas para ingressar no ginásio da escola pública, e nessa época aconteceu meu primeiro e marcante contato com a literatura - foram pedidos no decorrer do ano duas leituras significativas e importantes para enriquecimento vocabular: "O Pequeno Príncipe" e "O Meu Pé de Laranja Lima".  Li cada um duas vezes, e me encantei.
A partir da 5ª série as leituras eram obrigatórias para as provas, além de termos que apresentar resumos e opiniões justificando sua indicação ou não a outros possíveis leitores na turma. Assim, até a 7ª série eu tinha um repertório muito rico, e uma lista enorme de leituras. Acredito que li todos da série "Para Gostar de Ler", entre outros. Uma leitura marcante foi "Olhai os Lírios do Campo", sofri, chorei e me identifiquei com o Genoca, nas gozações dos colegas. Não que eu fosse para a escola com "as calças furadas no fiofó", mas porque eu era a negra, pobre e canhota da turma. Quanta desgraça para uma adolescente! Mas sobrevivi, e o Genoca me incentivou, serviu de exemplo. Também me apaixonei  por Augusto de "A Moreninha", e odiei Fernando Seixas, de "Senhora". Com o passar dos anos, li muitos romances, contos e crônicas, na escola, para trabalhos ou provas e na graduação. Ainda sou apaixonada por histórias fantásticas, tanto que sempre recomendo a meus alunos alguns títulos que li na adolescência e que são imortais.  

                                                         Cristina Vitória Duque